sábado, 28 de maio de 2011

Entrevista: Gil Sousa

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Nascido a 4 de Novembro de 1969, Gil Sousa é um proeminente criador de jóias que assume já uma posição relevante no mundo da moda. Esta paixão pela joalharia advém da convivência com o seu pai, também este joalheiro. Com 21 anos decide traçar o seu próprio rumo e criar um projecto no comércio internacional.
Em 2002, atingida a sua independência artística e criativa, decide investir no seu próprio design e no seu conceito de arte: criar jóias com alma, autênticas, sempre actuais e intemporais.


Como apareceu na sua vida o gosto pela moda, e pelas jóias em particular?

Desde muito cedo que toda a minha vivência, girou à volta mundo da joalharia, muito por culpa do meu pai que também era joalheiro e com o qual trabalhei durante largos anos. Entretanto, por vontade e desejo próprio, fui criando um vínculo cada vez mais emocional com todo o processo inerente à criação e execução deste tão sedutor e requintado artigo.
Senti que era essa a minha vocação, como se algo chamasse por mim, deixei-me levar e o resultado é neste momento fazer algo que realmente me completa e realiza.

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Como surgiu a marca Gil Sousa?

Depois de muitos anos a trabalhar no sector, onde absorvi um know-how sem igual, resolvi desenvolver alguns projectos no âmbito do comércio internacional, foi aí que talvez tenha cortado o cordão umbilical e me tenha lançado de uma forma independente no mercado. Pouco depois senti-me pronto, maduro e independente, decidindo então investir no meu próprio design e no meu próprio conceito de arte, pois tinha assim a possibilidade de transmitir sentimentos tão puros e singelos, através de uma tão arte impar.


O que a diferencia no mercado?

Quando criei a marca GILSOUSA facilmente me apercebi que havia espaço e necessidade de criar e desenvolver um conceito diferente de joalharia. Algo que tivesse presença e força suficiente para se tornar uma marca com muita presença e uma referência em Portugal.
Assim as minhas peças produzem uma ligação sensorial com as pessoas, deste modo elas identificam-se automaticamente com a filosofia que é transmitida, sentindo-se inegavelmente atraídas por elas. Há três pilares que estão sempre presentes em qualquer trabalho meu: irreverência, originalidade e intemporalidade.


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Actualmente, quantas pessoas têm a trabalhar para si?

A GILSOUSA segue uma filosofia com base na maximização dos recursos que tem ao ser dispor, desta forma a empresa possui diversos departamentos e pessoal especializado nas mais variadas áreas, permitindo deste modo um maior controlo na hora de colocar em prática os conceitos, acções e metas aos quais o Grupo se propõe. Tenho então, a meu cargo cerca de trinta trabalhadores, com os quais me relaciono de uma forma muito próxima e pessoal, isto parte da premissa com a qual me regi toda a vida abertura e diálogo criam entreajuda e cumplicidade e é isso que é a gasolina desta família feliz.

O que é mais desafiante na sua profissão?

Os maiores desafios com que me deparo predem-se essencialmente com o processo criativo, o facto de tentar constantemente suplantar as minhas últimas criações, ao mesmo tempo que criar novas tendências, pode revelar-se extremamente esgotante.
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Quais as peças que mais gostou de fazer?

Por norma sou um apaixonado pelas peças que crio, ou então elas não seriam lançadas para o mercado, contudo se me pedir para escolher para dizer as que me apaixonaram profundamente poderei talvez referir às Coleções Passion, Barbelle e Organic.

Quais os melhores clientes com quem já trabalhou?

A minha clientela insere-se habitualmente num segmento alto, abrangendo de certo modo um público com poder de compra, mas se me pedir para especificar os clientes que talvez mais adquirem os nossos produtos serão o Cristiano Ronaldo e sua família, João Moutinho, Tiago Pinto e Rui Patrício entre muitos outros.  

Há alguma meta em particular para a qual trabalhe?

Neste momento encontro-me a trabalhar num novo projecto, que visa a criação e transformação de um novo conceito de luxo, a inclusão das matérias nobres e gemas utilizadas nas minhas jóias passarão a fazer parte deste universo, que contemplará produtos, tanto de calçado, marroquinaria e pratas grossas de decoração.

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Quais as perspectivas, num futuro próximo, para este mercado?

Tendo em conta que o publico está cada vez mais informado e cada vez mais exigente, pode, deste modo, identificar com clareza as necessidades que possui.
Prenso que iremos verificar, cada vez mais, com a criação de um gap entre certos e determinados produtos, deixarão de haver produtos de média qualidade, para nos depararmos com uma abundante oferta de bijutaria ou de peças de alta joalharia.

Ana Isabel - FFW

2 comentários:

  1. Óptimo trabalho. Estão de parabéns. adorei a publicação

    maria josé

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  2. Obrigada Maria José, o mérito é do entrevistado. :)

    Ana Isabel - FFW

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